quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Balanço de 2009...


Parei, pensei, e cheguei a uma conclusão: Meu ano de 2009 não foi dos melhores: Gastos inesperados, perdas irreparáveis, crise amorosa, decepções com certas pessoas, enfim... Não posso considerar um ano a ser lembrado, claro que tive anos piores, como 1998, mas de 98 ainda consigo me lembrar de alguns acontecimentos bons, mas 2009? Nada, absolutamente! Mas ainda tenho esperança de que ao menos o término dele seja bom. Vou passar o reveillon na praia, e não creio que possa acontecer algo errado, pelo menos no que depender do meu carro, pois está totalmente preparado para enfrentar as estradas, e não à toa, pois gastei uma grana que em outras épocas me levaria a nocaute, mas embora esteja 'baqueado' e desanimado por ter enfiado todo o meu 13º 'no abençoado de 4 rodas', não estou querendo atirar-me pontilhão abaixo como outrora.

Meu Natal? Sei lá! Não sei se o fato de não ter tempo para respirar quando estou trabalhando afetou minha percepção em relação ao clima natalino, ou realmente as pessoas já não são as mesmas de quando eu era mais novo. É certo que, quando criança, sempre há a expectativa do presente natalino, o que explica todo o clima criado, mas algo está diferente. Já não vejo as pessoas enfeitando suas casas com luzes como antigamente, por exemplo. Pessoalmente já não tenho tantos motivos para comemorar em família, já que o elo da minha foi-se com a partida de meus avós. Nossa! Como era bom! Quase sempre valorizamos aquilo que já não temos mais, e não sou exceção. Lembro-me do almoço em família: Do frango assado, da maionese da minha Tia Lúcia (R.I.P.), do guaraná DON ou da Tubaína, da zoeira com meus primos, das risadas que dava com meu tio Leonildo (italianíssimo) e meu tio Ademir, além da 'febre' que eu dava no meu tio Dette (palmeirense roxo) toda a vez que o time dele perdia, do jogo de baralho com meu avô, entre outras coisas. Talvez seja esta a verdadeira razão pela qual não tenha percebido o Natal se aproximar, não tive tais expectativas. Não estou a desprezar minhas companhias atuais para o Natal, jamais! Mas é como disse há algumas linhas atrás: "Quase sempre valorizamos aquilo que já não temos mais"... Talvez eu venha a sentir falta de algo que me ocorrera em 2009, quem sabe.....

domingo, 20 de dezembro de 2009

Simultaneidade...


Se pararmos para pensar, talvez enlouquecemos. Se já somos loucos, talvez nos maravilhemos. Mas realmente não é espantosa a simultaneidade contida numa ínfima fração de segundos? Estou a 'escrever' neste exato momento , e quantas outras coisas estão a acontecer exatamente agora enquanto me divirto com a mais incrível invenção humana? Alguém pode estar chorando, gargalhando, vencendo ou perdendo algo, desiludindo-se, surpreendendo-se, sonhando, ou simplesmente escrevendo seus devaneios num blog, por que não?

Assim se desenrola a história de toda a existência: Uma teia constituida de pequenas outras histórias. Cada manifestação de vida contém sua história pessoal, desenvolvendo-se simultaneamente com a história pessoal de outra manifestação viva sem conterem nenhuma ligação. Às vezes acabam se cruzando nas voltas que o mundo dá, permitindo-se fazerem parte de uma mesma história, ou simplesmente se cruzam rápida e imperceptívelmente... Já andou na multidão sentindo-se o mais solitário de todos os seres? Então, eis um exemplo de várias histórias cruzando-se rápida e imperceptívelmente. Olhares se cruzam, corpos se esbarram, mas não se influenciam, não se envolvem. Parece meio louco né... Não que eu vá sair de casa à partir de hoje e querer me envolver com a história de cada ser vivo que cruze meu caminho, mas muitas vezes me flagro divagando sobre coisas do tipo, e nos meus "passeios virtuais" de costume, acabei descobrindo em um blog que uma pessoa de 35 anos veio a falecer tragicamente no dia 26 de novembro último, data importante para mim, dia em que completei 29 anos.

Fiquei brevemente atordoado com a idéia de simultaneidade, com o fato de que, enquanto uns nascem outros morrem, enquanto uns riem outros choram, enquanto uns contorcem-se de prazer outros contorcem-se de dor, e por aí vai. Termino o texto com Mário Quintana, suas palavras sobre simultaneidade me deixaram um tanto tranquilizado, pois não fui o único a dedicar certo tempo com tal assunto:

SIMULTANEIDADE
"-Eu Amo o Mundo! Eu Detesto o Mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! eu quero viver! vcoê é louco? Não, sou poeta." (Mário Quintana)

sábado, 19 de dezembro de 2009

...Para não serem explicadas (parte 2)...

E eis que, numa noite perfeita, o 'receptor' obtêm êxito frente ao 'emissor'... :)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Até que a morte nos separe...Ou quem sabe por toda a Eternidade?


Adoro música. Tenho um carinho especial por músicas antigas, fazem-me lembrar de épocas de nossas vidas que ficaram 'arquivadas' somente na memória, lembranças tais que só emergem quando ouvimos determinadas músicas, estas que serviram como trilha sonora para tal acontecimento. Por este motivo gosto de, antes de dormir, ligar o rádio e sintonizar 97,3 (Cultura FM). Há uma programação voltada a músicas que marcaram época. Está tocando agora Roxette, e acabo de me lembrar de uma ocasião em que eu e alguns amigos e amigas fomos numa Pizzaria do centro da cidade que, diga-se de passagem, está aberta até hoje. Enquanto comíamos e nos divertíamos rolava um DVD (ou VHS, não me lembro) com todos os sucessos da banda. Nossa! Mal sabia que tal fato ainda estava guardado a sete chaves em meu cérebro, confesso que meus olhos ficaram umedecidos repentinamente, e não sei explicar o porquê, talvez seja pelo fato de que tudo isso não voltará mais. Meus 'amigos' daquela ocasião já nem são mais meus amigos hoje em dia, cada um seguiu um caminho diferente, até a garota ao meu lado era outra também. Eu era muito novo, tinha apenas 16 ou 17 anos, adorava aquela época, não que não goste de tudo hoje em dia, mas são coisas que não tenho mais, já se foram. Será que as coisas boas só têm força para serem boas no exato momento que nos ocorrem? Por que são tão mutantes, ou seja, logo se transformam em lembranças e depois em nostalgia? Poderiam ao menos deixar-nos sempre com a sensação boa que nos deixaram, mas não, teimam em nos 'alfinetar' com a nostalgia. Pô! Escolhi a noite certa para escrever tudo isso, pois agora está tocando uma música que marcou muito minha adolescência: Bon Jovi - Always. Caramba! lembro-me como se fosse ontem das festinhas que rolavam nos bairros, as chamadas "Brincas" (do original "brincadeira"). Sempre começavam com músicas agitadas, todo mundo fazendo passinhos e coreografias nas músicas eletrônicas e Black Music da época, e depois chegava o momento mais esperado: As músicas românticas, pois era o momento em que se definiam os ficantes daquela noite. Como se tudo tivesse sido ensaiado antes, formavam-se os casais e, antes que os amassos rolassem, dançávamos muitas músicas lentas. Não posso me esquecer também dos apelidos que se originavam do momento solene: 'Pegão', para aquele que dançava bem e que todas as meninas queriam dançar (claro que ser bonito também contava) e 'Robocop', para aqueles que não possuiam ritmo nenhum, durões durões, hehe. E quem é que nunca dançou ao som de MACARENA, fêz passinho e tudo? Marcaram uma época, mesmo eu não podendo nem ouvir mais algumas dessas músicas hoje em dia.
Voltando um pouco mais no tempo, lembro-me de uma música que marcou demais meu finalzinho de infância (vou inclusive colocá-la agora para ouvir): Bryan Adams - (Everything i do) I do it for you. Lembro-me de quando passava as férias de final de ano na casa de vovô e vovó, em Ibaté, cidade de uns 30.000 habitantes, e toda a noite passeávamos na praça do centro. Era um 'fervo' geral, muitas pessoas de todas as idades, e bem no centro da praça havia uma emissora de rádio que só tocava para os autofalantes da própria praça. Era uma rádio personalizada, e começava todos os dias às 19:00 hrs, finalizando às 22:00 hrs, e adivinha qual música era o carro-chefe todas as noites? Exatamente! Bryan Adams com sua música que ficou famosa por ser trilha sonora do filme Robin-Hood, estrelado por Kevin Costner.
Por isso adoro música (entre outros motivos que não serão citados hoje), pois me permite estar mais perto de coisas, fatos ou pessoas que ficaram no passado. É como se nossa lembrança fosse além de suas capacidades naturais, pois parece às vezes até que podemos sentir o cheiro ou o tato da ocasião que já está tão distante, presa nos calabouços inalcançáveis do passado.
Por isso amo música, a tenho sempre como minha companheira inseparável. Quando estou triste, sei qual música ouvir. Quando estou feliz, apaixonado, revoltado, irado, nostálgico... Sempre há uma trilha sonora... Sempre haverá uma música... É ela quem me move...

sábado, 12 de dezembro de 2009

...Para não serem explicadas (parte 1)...


Por um breve momento, ví-los brilharem novamente, mas só por um breve momento...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Em noite de Lua Minguante, entreti-me com Lua Nova...


Tudo bem, devo confessar que também me flagrei com pensamentos do tipo "é uma história sobre vampiros adaptada a uma juventude cada vez mais 'Emo' ou algo parecido", mas até que gostei da história. Claro que, como todo bom romance, acaba se rendendo aos métodos 'Shakespeareanos': Como em Romeu & Julieta, um não pertence ao universo do outro, as dificuladades encontradas não são iguais mas levemente se assemelham e o Amor levado acima da própria existência também predomina. Óbvio também que meu ponto de vista formou-se à partir do primeiro filme, Crepúsculo, mas creio ser válido deixar registrado aqui o que penso sobre a história antes de comentar em particular sobre Lua Nova, segundo volume da série Twilight.

O fato é que 2 coisas me deixaram um pouco decepcionado com Lua Nova por não terem sido fiéis às Histórias originais:

1º: Há uma cena em que 'Bella' (a mocinha) tira fotografias com seu amado sanguessuga. Ora, todo amante das clássicas histórias de vampiros sabem muito bem que tais seres não saem em fotografias, assim como também não se refletem em espelhos, certo? Uma vez foi-me dito que se deve ao fato de não possuírem alma, mas como ainda não pesquisei por conta própria, não posso confirmar.

2º: Não gostei nada da transformação dos indígenas em Lobisomen. Pô! Como pode acontecer tal mutação de maneira tão instantânea, num piscar olhos? Tudo bem que dá dinâmica ao filme, mas não posso deixar de comentar, né. Além do mais fiquei um pouco inferiorizado por conta dos músculos muito bem trabalhados dos indígenas, causando suspiros no público feminino. Mas isso posso conseguir se decidir suar a camisa numa academia, hehehehe.

Um ponto positivíssimo - e sou suspeito a falar- foi a trilha sonora: Músicas lentas e com muita viagem, bem ao estilo de bandas como Coldplay, Elbow, Radiohead fizeram muita diferença, e diga-se de passagem, já estou à procura da trilha sonora original para descobrir o nome das bandas.

Sucesso não somente por conseguir levar um grande público às bilheterias dos cinemas, mas por conseguir a atenção também dos mais ortodoxos amantes de histórias de Vampiros (mesmo que para criticarem incansavelmente), Twilight já pode ser considerado uma obra imortalizada, ao lado de fenômenos como Harry Potter e outros que virão a engarrafarem as entradas das telonas. Que venha o Eclipse.




domingo, 6 de dezembro de 2009

A Maldição do Indie Hip-Hop...


Mais um ano prestes a dizer adeus, e como nos anos anteriores, ocorreu o evento que já é parte integrante no calendário dos amantes do Hip-Hop, o INDIE HIP-HOP, e mais uma vez a 'maldição' se concretiza. "Maldição? Como assim?" Calma, vou explicar:
Mais uma vez vejo-me com as mãos atadas diante da possibilidade de ir a tal evento, que já trouxe vários artistas ícones no cenário underground do Hip-Hop ( óbvio, pois se fosse para trazer os "enlatados" da indústria fonográfica e seus cordões de ouro, com certeza eu não daria tanto valor... que me perdoem os admiradores de 50 cent, Snoop Dogg e cia, e/ou aqueles que gastam seu dinheiro com DVDs cujos videoclipes mais parecem curtas da "Buttman" e "Brasileirinhas").
Bom, não perderei o foco novamente. Eu dizia que o INDIE HIP-HOP é um evento que tráz somente artistas verdadeiros, aqueles cuja essência não se perde em meio aos cifrões e às putadas. E novamente não pude ir. Motivo? A nova data do ENEM. Se no ano passado (que veio Talib Kweli) não pude ir por motivos financeiros, e no ano retrasado (que veio Pharoahe Monch) nem me lembro o motivo pelo qual não pude ir, desta vez não fui devido à FilhadaPutagem de um Filho da Puta que resolveu fraudar o prova, mas mal teve a competência de fazê-la direito. Desta vez perdi a chance de ver no palco nada mais nada menos que o talentoso Mos Def. Amigos com certeza foram, me mostrarão fotos, vídeos em seus celulares, mas não será a mesma coisa, é claro. Enquanto a mim? Prosseguirei daqui, em minha velha saga, a tentar quebrar ano que vem a maldição que me persegue desde quando o organizador do evento Rodrigo Brandão (Mamelo Sound System) trouxe, em 2002 Quannum, em 2003 Blackalicious, em 2004 Hieroglyphics, em 2005 Jurassic Five, em 2006 além dos demais já citados. Quem sabe ano que vem não aparece por aqui algo do calibre de Braille, Surreal, Cunninlynguists ou então o mestre KRS-One? Aceito desde já os CURRICULUMs de benzedeiras da região. :)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Como Nietzsche já dizia:




"Viver perto demais de um homem é a mesma coisa que se retomássemos sempre uma bela gravura com os dedos nus: um belo dia teremos nas mãos um péssimo papel sujo e nada mais. A Alma de um homem se desgasta também por um contato contínuo, pelo menos é o que acaba por nos parecer - nunca mais haveremos de rever sua figura e sua beleza originais".


Na noite do dia 30 de novembro fui dormir com este sentimento. Será de nossa natureza o tédio e o desgaste provenientes de uma relação demasiadamente íntima? Por que, nos relacionamentos, nos perdemos no caminho? Será sempre necessário que haja tempo para a "retomada de ar"? Acho que estávamos precisando mesmo, e é por este motivo que opto por continuar só, já que a vontade que me toma é a de voltar atrás. Serei resistente, inclusive aos poucos mas incisivos assédios de algumas pretendentes que se disfarçam de minhas amigas no MSN. Insistem na idéia de que sou uma pessoa legal, atraente, atenciosa, experiente, entre outros adjetivos. Mas não levam em consideração meu fracasso como companheiro, não relevam o fato de que apenas estão em contato pouco íntimo, não cabendo a elas aturarem-me em meus momentos de fúria, muito menos serem vítimas de minhas palavras que, quando usadas para o mal, ferem como navalhas e deixam sequelas permanentes.


Não que eu esteja na 'fossa', pois solidão eu tiro de letra, mas estou na minha... É hora de reflexão e "auto-manutenção"... Principalmente para a "regulagem" do gênio forte...

domingo, 29 de novembro de 2009

Ensina-se que...


...Todo texto torna-se mais rico quando seu criador utiliza-se de citações célebres. Tudo bem, não farei diferente neste "texto introdução": "Em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos".

Saint Exupéry tinha toda a razão quando resolveu 'disparar' tais conjuntos de palavras para a posteridade, mas não contava com o que viria a se tornar o mundo em que vivera, ou seja, cheio de meios curiosamente construídos exatamente para que venhamos a nos sentir livres e 'seguros' para que tais segredos, ou paisagens interiores, com suas planícies invioláveis etc e tal viessem a se tornar públicos, à disposição para quem quer que seja. E com muita segurança, com possibilidades de anonimato e tudo o mais. Eu ,por exemplo, pretendo que tal espaço seja algo totalmente aberto a todo o tipo de navegador existente, e embora haja a escolha de disseminar entre os conhecidos, não farei tal propaganda. Farei com que a experiência antes muito utilizada de engarrafar mensagens e lançá-las ao mar seja readaptada para os dias de hoje, na nossa tão aclamada "era digital". E você, amigo navegador, incessante em suas buscas virtuais, ao se deparar, por acaso, com este meu canal de comunicação, sinta-se à vontade para criticar, dar sugestões, ou simplesmente ignorar todo o seu conteúdo. Aqui começo minha solitária saga, a primeira garrafa acaba de ser lançada...