A ignorância que há muito nos acompanha...

É senhores brasileiros: Hoje é mais um dia de eleição. Para mim, não será somente o dia em que colocaremos uma nova pessoa no posto de presidente do país, mas também o dia para que eu possa mensurar o nível de ignorância do cidadão brasileiro. Ah! e como a tal da ignorância nos é bem-vinda... não digo por mim, nem por você, meu caro leitor, mas pelas pessoas que se deixaram levar pelas mentiras e obsenidades ditas durante tal época. Quantos e-mails, sites, scraps, mensagens maliciosas e deturpadoras deparei-me, todas com a intenção de utilizarem-se da ignorância alheia a fim de derrubar a trajetória de nosso país rumo à contínua mudança. Será que já nos esquecemos do quanto nós, classe média-baixa, 'capengávamos' antes da era Lula? Será que já nos esquecemos da épica frase de Fernando Henrique Cardoso "pessoas que se aposentam com menos de 50 anos são vagabundos, que se locupletam de um país de pobres e miseráveis"? miseráveis criados por uma má distribuição de renda fruto de governos considerados de direita como PMDB, PSDB, entre outros que há muito foram hegemonia nas urnas do país. Não estou fazendo campanha PTista, e sim agindo com o realismo de quem viu uma parte da história sendo construída através de meus próprios olhos, e outra parte através da procura por informações fidedignas, e não por boatos maldosos. O que estou defendendo aqui é um modelo de governo que está alavancando o país, mesmo em meio a tantos escândalos e polêmicas (como se no universo político fosse algo tão extraordinário assim). Não concorda? Posso dar-me como exemplo, pois sou um dos agraciados pelo PROUNI, e curso minha tão sonhada faculdade. Informe-se! Compare nossa economia de hoje com a de décadas atrás. Não defendo a pessoa de Dilma, e sim o que ela pode significar para o país. Guerrilheira? Assassina? TERRORISTA? Ora amigos, vamos nos informar! Se tivermos tal pensamento em relação a estudantes que lutaram arriscando suas próprias vidas contra a ditadura, então de que serve a democracia que usufruímos hoje?
Pensei em postar esta minha franca opinião dias antes da eleição, mas não. Não estou querendo soar militante partidário ou coisa parecida. Por isso postei hoje, enquanto as pessoas já decididas estão a votar ( até porque meu blog não é tão lido assim, se é que é lido). Mas que fique mais do que registrado meu anseio por um país melhor do que está, curtindo mais uma 'marolinha' econômica enquanto o resto do mundo 'afoga-se' numa crise, emprestando dinheiro ao invés de pedir emprestado e vendo mais e mais pessoas das chamadas "subclasses" alcançando o grande sonho de cursar uma faculdade.

Fonte da juventude?

Lembro-me de um filme que assisti muito quando era criança chamado "Cocoon", em que velhinhos de um asilo descobrem a existência de alienígenas entre nós e consequentemente da existência de um mundo onde os males da velhice não existiam, e ontem tive uma leve impressão de estar diante de alguns desses "agraciados" pela eterna juventude. Como? Foi durante a apresentação de um experiente grupo de música instrumental chamado "Pau Brasil", que desde 1979 dedica-se à música instrumental brasileira sem deixar de lado as boas influências existentes no resto do mundo. Incrível a energia e performance demonstradas por estes cinco bons e velhos músicos amigos, num repertório enriquecido com obras de Villa Lobos" além das composições próprias. Artistas com uma idade já um pouquinho avançada, mas com o sangue eternamente jovem correndo pelas veias. Impressionante o poder da música! Não pude deixar de notar também no público ali presente, cuja idade já ultrapassara os limites da juventude, mas todos com os ouvidos dispostos a se deleitarem diante da sonoridade do quinteto. Era como se eu e minha Taty - e mais alguns outros 'gatos pingados' jovens como nós - fôssemos os penetras num evento onde somente os mais experientes e apurados ouvidos tivessem o privilégio de estarem lá. Triste dizer isso, mas é a realidade em que nos encontramos, onde nossos jovens não dão a mínima a artistas cujo amor e dedicação superam a busca vazia pela fama. Realidade triste onde popstars são aclamados como deuses, mas que são tão humanos quanto nós, principalmente quando o assunto é dinheiro e status num piscar de olhos, além da grotesca inferioridade musical e cultural.

Uma Marilena Chauí vale mais que mil E-mails...

Em resposta aos inúmeros e-mails das mais variadas cabecinhas obtusas, capazes de ainda baterem na mesma tecla, ou seja, insistirem na tentativa vã de me convencer que a Dilma é terroritsta, vai implantar novamente um regime ditatorial em nosso país, que no PT só tem comunista, fascista, anarquista, bláblábláblá... faço das palavras da grandiosa Marilena Chauí (filósofa e historiadora) as minhas:



E viva a Democracia!

À beira de cometer uma injustiça!

Falei de Rage Against the Machine, mandei SWU tomar no cú (como todos que estavam lá), e quase ia me esquecendo de comentar os momentos bons do festival, que valeram o ingresso. A tenda eletrônica bombou com o DJ "Dave Switch" antes de irmos até os palcos principais e ver as melhores apresentações da noite (ao meu ver): "Los Hermanos" e "The Mars Volta", sendo que a última mencionada infelizmente foi desrespeitada com os gritos de alguns FDP's que pediam a saída da banda para a entrada da Rage Against the Machine (será que não viram o line up com os respectivos horários?). Gostei muito do que ví e principalmente do que ouvi, e depois do tão esperado show, retornamos à tenda eletrônica à espera do DJ Mark para fechar a noite com chave de ouro, afinal de contas, existe uma forte ligação entre o Drum'n'Bass e este que vos 'fala', hehe.

Dave Switch


Los Hermanos


The Mars Volta


DJ Mark

É grande o vazio...

...Vazio...

...entre a ultima postagem e esta aqui... um vazio parecido ficou logo após o show mais esperado por mim nos últimos 10 anos: Rage Against the Machine. Não que não tenha sido um showzaço, a energia foi demais! Ouvir "Killing in the Name, Freedom, Guerrilla Radio" (entre outras) ao vivo realmente é mais do que apenas assistir a um concerto de rock, mas infelizmente a organização do evento foi abaixo da média para um festival de tamanha proporção. Abriram com "Testify"(Testemunhe),e o show não poderia ter começado com outra música mesmo. E eu estive lá para testemunhar. Testemunhei uma enorme 'lacuna' na segurança do evento... mas qual segurança? Perdi as três ou quatro primeiras músicas (inclusive a "Bulls on Parade", minha preferida) na tentativa desesperada de retirar minha garota ilesa do meio de uma multidão enfurecida e incontrolável, mal intencionada desde o início. A má intenção era justamente a de forçar a barra para que a grade que separava a pista comum (mais barata) da pista premium (mais cara e sem sentido algum num show como o do RATM) viesse abaixo, e veio: em meio ao alvoroço, que também foi responsável por uma das duas paralisações do show ( a outra foi devido a um apagão imperdoável do som ) pude também testemunhar muitas garotas desesperadas para sair, outras já passando mal, e os olhares frustrados de seus parceiros, por estarem perdendo um show que nunca havia ocorrido em solo sul-americano (devo dizer que fui um destes frustrados), tudo graças a uma segurança inexistente e uma organização falha, num festival campeão da demagogia ao hastear a bandeira da sustentabilidade, de um mundo mais justo e humano, mas capaz de separar pessoas entre as "comuns" e as "Premiuns" (ou Vips) e cobrar R$ 6,00 de uma garrafinha d'água menor àquelas que encontramos por aí a no máximo R$2,00, entre outras hipocrisias.