quinta-feira, 25 de novembro de 2010

10957 dias...

Agora já é quase meia-noite. Daqui a pouco completo 10957 dias de vida... impressionante como o tempo voa. Parece que foi ontem a primeira ida à creche, em que minha mãe me enganou ao dizer-me que estaria alí, no portão de entrada, a me esperar até o horário de saída, tudo para que eu não viesse a chorar. Mas eu sempre acreditei cegamente nela, portanto me acostumei facilmente à nova rotina. Parece que foi ontem quando comecei a dar indícios de que seriam os pés a parte mais atraente em uma mulher para mim, pois eu me lembro que, ainda na creche, eu só "namorava" com menininhas que tivessem os pés bonitos, mesmo sem entender o porquê. Me lembro como se fosse ontem, do tombo que levei ainda criança, de "velotrol", e que me rendeu um nariz trincado. Me lembro das vezes em que, na páscoa, eu e minha irmã saíamos em disparada por toda a casa à procura do ovo escondido propositalmente por minha mãe, ou da ocasião em que recebi, no natal, a visita do papai noel, e que descobri muitos anos depois ter sido um primo de minha mãe o tal "bom velhinho"... pô! também fui criança, né. Também acreditava que a cuca vinha pegar, que o porra do bixo-papão se escondia no quarto, ou que, se assobiássemos durante a noite, o saci-peperê aparecia. Coisas de criança. Me lembro também da primeira vez que chutei uma bola de futebol, e que, logo em seguida, já sabia qual seria a minha posição, ou seja, ser um 'maledeto' de um goleiro. Até meu pai, que nunca entendeu de futebol, tentava me dar conselhos do tipo " ei moleque, por que você não escolhe outra posição, na linha, pois ser goleiro não é fácil". Não adiantava, eu queria ser goleiro mesmo, e creio que até hoje sou, mesmo não sendo profissional (pelo menos sou bastante procurado pelos amigos amantes da tradicional "pelada" de domingo). Aliás, me lembro muito bem das vezes em que eu perdia a tampa do dedão por jogar descalço no campinho de terra. Lembro-me de toda a dedicação de meus pais na tentativa de realizarem o que foi o meu maior sonho enquanto gurí: o de ser um jogador de futebol. Compraram o título da Associação Ferroviária de Esportes, colocaram-me na escolinha de futebol e, em poucos meses, eu já estava fazendo parte do elenco de jogadores das categorias de base do clube. Realmente eu me destacava! Tenho uma porrada de medalhas até hoje da época (só preciso procurá-las, pois já não sei onde estão). Mas, muitas águas rolaram, e acabei não me tornando um jogador profissional, mas com toda a sinceridade do mundo, não me sinto frustrado por isso, só não me tire as peladas dos finais-de-semana, heim...
Agora que estou a escrever, tudo me vem em 'flashes', portanto, podem não seguir a ordem cronológica exata, mas é tudo o vivenciei, sem tirar nem pôr.
Me lembro também da primeira vez que a seleção brasileira foi eliminada de uma copa do mundo (em 1986), mas também tive o privilégio de ver a seleção de 94 erguer a copa pelas mãos de dunga, numa época em que eu realmente torcia com a alma, sem saber da podridão existente no universo futebolístico.
Com certeza não poderia deixar de lembrar do meu primeiro beijo, que também ocorrera em meados de 1994, e da primeira transa, que como na maioria dos casos não é tão boa assim e nem tão demorada, mas com certeza inesquecível. Minha primeira namoradinha de escola, minha primeira namoradinha na adolescência, meu primeiro chifre, rsrsrsrs... pacote completo! De tudo isso me lembro muito bem.
Poxa! Parece que foi ontem que, nas férias escolares, eu e meus primos passávamos dias e dias na casa de nossos avós, em Ibaté, ouvindo os LPs do meu tio 'Déte', que era viciado em música, assim como eu sou atualmente. Inclusive até hoje minha mãe diz que sou muito parecido com esse meu tio, inclusive nos meus tics nervosos :o . Assisti todos os filmes do "sexta-feira 13", juntamente com meu primo "nêgo". Brincávamos de guerra e eu sempre queria ser aqueles figurantes que só entravam no filme para levarem chumbo, tipo os vilões, saca?
Me lembro de minha mãe me pedindo insistentemente para que eu não me misturasse com más companhias, e me fez até jurar a ela que não colocaria um único cigarro na boca, promessa que até hoje consegui cumprir, e a agradeço por isso. Muitas vezes me vi tentado sim, no que se diz respeito às drogas ilícitas, mas sempre me vinha à mente o apelo de minha mãe, por isso hoje em dia não sou escravo de nenhuma droga, exceto nos finais de semana, que não resisto à boa e gelada cervejinha (ninguém é de ferro, né).
Lembro-me dos momentos ruins também: da época em que minha família era uma das tantas vítimas do alcoolismo. Lembro-me de meu pai protagonizndo cenas que prefiro não especificá-las aqui. Tudo devido ao maldito vício. Nunca foi violento conosco, mas muito foi violento consigo mesmo, e agradeço demais por ele ter saído dessa e estar comigo até hoje, mesmo não morando no mesmo teto. Inclusive, quando estou perto dele, não bebo um gole sequer em respeito e gratidão. Aliás, já tive o prazer de trabalhar com ele, durante muito tempo, e foram tempos muito bons.
Ainda sobre momentos ruins: o acidente de moto em que não morri por mero capricho. Eu e meu parceiro de sempre Carlos BR, voltando de uma gravação de som em São Carlos, fomos pêgos por um caminhão. Só de lembrar me dá calafrios. afff! Foram momentos de muita tensão.
Já tive depressão, já pensei em me matar, já pensei em matar. Bom, em matar eu penso sempre, é só voltar minha atenção aos noticiários policiais ou ver o circo que é Brasília, com todos aqueles vagabundos de colarinho branco. Pouts, que foda!
Me lembro do meu primeiro cachorro, chamado Rambo. O curioso era que ele ficava o dia inteiro pendurado no muro de casa, literalmente trepado. Pena naquela época eu não ter registrado os feitos do cãozinho que conviveu conosco durante 13 divertidos anos. Às vezes sonho com ele... foi minha primeira perda. Depois dele já se foram meus avós, minha tia materna Lúcia, a maioria de meus tios paternos, entre outros tantos, fazendo jus à frase que ouvi certa vez em um filme cujo nome não me recordo agora: "A vida tem a fase de nos dar coisas, mas com o tempo, nos chega a fase dela nos tirar coisas".
Enfim, lembro-me de muitas coisas boas e ruins nesses meus 10957 dias, ou 30 anos: as amizades e inimizades passageiras, as poucas namoradas com as quais vivenciei ótimos momentos, mas que não foram suficientes para que o relacionamento durassem até hoje (até pq já encontrei a tampa definitiva para minha panela, nénão Taty?). As conquistas, as frustrações, as confusões, as diversões, as festas, as reflexões, os aprendizados...enfim, muitas e muitas experiências que me valeram muito e que com certeza me valerão muito nos próximos 10957 dias que virão. melhor eu parar por aqui, pois há história pra contar que com certeza não caberiam num livro de somente... digamos... 10957 páginas... ;)

sábado, 20 de novembro de 2010

Show do Massive Attack em fotos!!!

É... Ainda estou ecstasiado com o show dos caras, mesmo com a "oposição" me dizendo que "foi apenas um show", rsrsrsrs...





























quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Minha vida agora divide-se em 2 partes: Uma antes e outra depois de Massive Attack

Lembro-se de quando era viciado nos programas relacionados ao universo musical que passavam na TV cultura no final dos anos 90, e não eram poucos. Entre eles, havia um especial com os melhores momentos de um festival que hoje em dia faz falta no Brasil: o "Free Jazz Festival". Em um desses programas, tive a felicidade de me deparar com a apresentação da banda Massive Attack. Seu som hipnotizante deixou-me em transe desde o início, então lembrei-me da velha fita VHS sempre pronta para registrar o que viesse a me chamar a atenção. A música "Angel" com Horace Andy no vocal foi meu primeiro contato e, depois disso, só me restava mesmo encomendar um disco na hoje inexistente loja de CD's chamada "Paranóia". Peguei logo "Mezzanine", considerado por muitos o divisor de águas da cena underground britânica. O disco é bom de cabo a rabo, e a partir daí virei fã incondicional dos trabalhos da banda. Doze anos se passaram desde o tal primeiro contato, e eis que minha oportunidade mais real de vê-los numa performance ao vivo chegou, num ano em que eu já tivera o prazer de assistir a diva Lauryn Hill (Credicard Hall) e a banda Rage Against the Machine (SWU), além de outras atrações não menos importantes. Foi realmente o que melhor me aconteceu no ano de 2010 no que se diz respeito a eventos musicais e afins, e com certeza só serviu para reforçar a admiração que tenho pela banda. Geralmente quando vou a algum show, fico algumas semanas sem conseguir ouvir uma música sequer do artista em questão, mas no caso de Massive Attack isso não ocorreu, simplesmente eu gostaria de assistir a outro show deles o quanto antes, e suas músicas são ainda mais presentes no meu dia-a-dia. Aliás, o que escrevo agora está sendo acompanhado da música "Risingson", o som que mais gostei e mais 'pirei' ao vivo. Pesadíssimo! O dia 16 de novembro de 2010 com certeza jamais será esquecido. Finalizo com a feliz frase dita pelo meu grande amigo Carlos Br: "Estou até agora "saboreando" os efeitos deixados por esse verdadeiro espetáculo audio-visual-extra-sensorial-transcendental.





























quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Está chegando: mais um show pra variar!

Pra fechar com chave de ouro o ano em que fui a mais shows do nunca, terça que vem, 16 de novembro (pra comemorar meu aniversário também, hehe) verei o ícone do trip-hop: Massive Attack. O engraçado é que digo empolgado que vou ao show deles e sempre tenho a impressão de que só eu conheço a banda (com exceção dos que irão comigo, né, ou seja, mais meia dúzia). Isso é música alternativa rapá! Se depender de jovem pan e cia. jamais conhecerão... :)





segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Para não serem explicadas (parte 15)...

E tem explicação uma cagada destas? Mais 4 anos com esse FDP?