quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

É para perder a fé mesmo?


Ultimamente tenho me rendido mais a filmes de romance, ou a minisséries televisivas (inclusive acabei de assistir a uma minissérie da globo, "amor em 4 atos"). Algumas mais irreverentes, outras exageradamente românticas, outras melancólicas. O que tenho percebido mais e que talvez nunca tivesse me atentado tanto é o fato de que, quando o assunto é abordar o quotidiano, sempre iremos dar de cara com traições, casamentos desgastados, mocinhos ou mocinhas dispostos a findar com anos de fidelidade, etc, etc, etc. Porra! se as probabilidades de se obter êxito num relacionamento longo ( ou vitalício ) são as menores possíveis, qual o sentido de se envolver? por que amamos tanto uma pessoa e escolhemos ficar ao lado dela mesmo com tantas adversidades? Mesmo com a quase certeza de que um dia seremos traídos ou trairemos? Calma, calma, não estou perdendo a fé no amor, até porque seria impossível. Já amo demais, já planejo uma vida a dois, ou seja, de certa forma sonho com o "final feliz", outrora tão ostentado pelos autores de qualquer que seja a obra televisiva, cinematográfica ou literária. Mas a questão é: o mundo à nossa volta realmente está nos deixando mais 'céticos'? Será que fomos mesmo "feitos" para vivermos uma vida monogâmica? O que seria mais fácil: um relacionamento aberto para não sofrer ou conviver com o fantasma chamado 'amante'? Correr o risco de ser comparado a alguém cujas qualidades superam às suas, e com a vantagem de ser uma novidade e também uma esperança para a "parte interessada" de que sujeito tal não terá os mesmos defeitos e chatices? É isso que enxergo nessas minisséries, filmes, ou novelas quando o assunto é abordado: vejo um esforço imenso em demonstrar para o expectador tal lado obscuro existente em nossa sociedade, talvez para nos tornarmos cada vez mais céticos em relação ao amor, ou quem sabe para nos tornarmos mais fortes e dedicados ao nosso relacionamento, na tentativa de, lá na frente, poder bater no peito orgulhoso e dizer: eu consegui! minha história de amor teve final feliz!

Um comentário:

  1. Concordo em gênero, número e grau com cada palavra, cada vírgula usada neste texto!!!
    A propósito, estou adorando seu bog.
    Xerimmmm

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