quinta-feira, 14 de outubro de 2010

É grande o vazio...





...Vazio...

...entre a ultima postagem e esta aqui... um vazio parecido ficou logo após o show mais esperado por mim nos últimos 10 anos: Rage Against the Machine. Não que não tenha sido um showzaço, a energia foi demais! Ouvir "Killing in the Name, Freedom, Guerrilla Radio" (entre outras) ao vivo realmente é mais do que apenas assistir a um concerto de rock, mas infelizmente a organização do evento foi abaixo da média para um festival de tamanha proporção. Abriram com "Testify"(Testemunhe),e o show não poderia ter começado com outra música mesmo. E eu estive lá para testemunhar. Testemunhei uma enorme 'lacuna' na segurança do evento... mas qual segurança? Perdi as três ou quatro primeiras músicas (inclusive a "Bulls on Parade", minha preferida) na tentativa desesperada de retirar minha garota ilesa do meio de uma multidão enfurecida e incontrolável, mal intencionada desde o início. A má intenção era justamente a de forçar a barra para que a grade que separava a pista comum (mais barata) da pista premium (mais cara e sem sentido algum num show como o do RATM) viesse abaixo, e veio: em meio ao alvoroço, que também foi responsável por uma das duas paralisações do show ( a outra foi devido a um apagão imperdoável do som ) pude também testemunhar muitas garotas desesperadas para sair, outras já passando mal, e os olhares frustrados de seus parceiros, por estarem perdendo um show que nunca havia ocorrido em solo sul-americano (devo dizer que fui um destes frustrados), tudo graças a uma segurança inexistente e uma organização falha, num festival campeão da demagogia ao hastear a bandeira da sustentabilidade, de um mundo mais justo e humano, mas capaz de separar pessoas entre as "comuns" e as "Premiuns" (ou Vips) e cobrar R$ 6,00 de uma garrafinha d'água menor àquelas que encontramos por aí a no máximo R$2,00, entre outras hipocrisias.

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