terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Ao Som de...




Ao som de Chris Deburg - Lady in Red - começo minha postagem de hoje... Não que a música em questão tem a ver com o conteúdo, mas gosto tanto deste som que faço questão de citá-lo. Aliás, tenho um gosto musical muito diversificado, estranho às vezes, elogiável noutras, espantoso quase sempre: Posso ir facilmente de Marvin Gaye a Sepultura, de Cordel do Fogo Encantado a Boyz II Men, de Massive Attack a Jackson do Pandeiro, sempre com o mesmo respeito e 'dedicação auditiva', o que faz de mim um privilegiado, pois sempre consigo interagir com pessoas de diferentes tribos e/ou diferentes faixas etárias. Hoje mesmo eu estava conversando com um amigo do trabalho sobre a ótima afinação da dupla Christian & Ralf, e quase sempre converso sobre musica black dos anos 60 e 70 com meu gerente, sobre Hip-Hop com quem consegue tolerar minha exigente seleção em relação aos grupos de Rap, pois não são todos os grupos que consigo ouvir, sou realmente muito 'chato' quando o assunto é Rap: Odeio letras com gírias em demasia, por exemplo. Principalmente quando remete a alguma facção criminosa. Odeio quem romantiza o crime, principalmente quem tem toda a oportunidade de não fazer parte dele, ou realmente não faz, mas insiste em aparentar fazer. Já fiz parte desse time de admiradores dos "Vida Looooka, irmão!", mas minha cabeça mudou, afinal de contas nossa massa cinzenta não existe para ser desperdiçada, né. E quando me flagro já fiz questão de demonstrar isso a quem quer que seja.


O tal do 'funk carioca' não entra em minha casa, sertanejo só o de raiz, samba para mim só samba-canção ou chorinho, música pop só a que realmente percebo que foi bem trabalhada e não criada como que em uma linha de montagem FORDiana, ou seja, de maneira fria e com a única intenção de vender e vender. Como podemos ver, também tenho meus pontos (relativamente) fracos, mas que não representam peso algum para mim, pois inibo meu preconceito na medida do possível, e quando não o inibo é porque já se tranformou em conceito formado. Sou chato? Quem me conhece sabe que sim, mas sei me colocar no lugar se a situação assim exigir. Não dispenso uma amizade baseando-me apenas nas músicas que a pessoa ouve, a não ser que esta não consiga respeitar o fato de eu não gostar de ouvir. Música para mim vai além do entretenimento ou 'pegação'. É algo que vem da alma, simplifica o que nós somos em nosso íntimo, nos resume como um todo...


Juro que não era sobre isso que eu queria falar hoje, mas...




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