sexta-feira, 26 de março de 2010

Preguiça...

...Mais uma semana vai-se aos poucos... minhas férias também... Tenho mais alguns dias, e aceito de uma vez por todas que por mais que façamos planos, por mais que desejemos que sejam 'frutíferos' nossos dias de 'ócio', sempre ficamos com a impressão de que é preciso mais e mais, e voltamos para nossa rotina de trabalho com uma gota de frustração a nos percorrer.
Hoje estou preguiçoso. Fui a uma festa noite passada (o bom de estar de férias), acordei agora há pouco e guardo minha pouca disposição para a aula de logo mais. Preguiçoso... Curiosamente é quando estou assim que minha cabeça trabalha mais e mais, muitos pensamentos me vêm à cabeça: Lembranças boas de passados distantes, não tão distantes, recentes... As chances: desejadas, aproveitadas, desperdiçadas, não alcançadas, mal interpretadas. As escolhas: Certas, erradas, forçadas, irrelevantes... Pessoas: Que estão a vida toda conosco, as que a vida nos leva, as de uma única noite, único momento, ou vários momentos mas intocáveis num passado remoto. Momentos: Tristes, alegres, difíceis, monótonos, imperceptíveis, eternamente relevantes, e por que não felizes... Eis nossa vida em andamento. Nossa história em desenvolvimento.


Antes via-me precoce frente às questões da vida, hoje já não sei mais. Convivo com pessoas de diferentes faixas etárias, às vezes sinto-me mais velho em relação à minha real idade, às vezes sinto-me o contrário, às vezes vejo-me dono de uma frágil maturidade, como se eu não fizesse questão de avançar no tempo... Como se eu quisesse tornar estático meu atual momento, como se certos momentos foram antes de mim tirados e eu quisesse recuperá-los, mesmo que tardiamente.


Vejo amigos de infância hoje pais de família, outros profissionais de carreira, outros nunca mais ouvi falar. Será que minha história será escrita de outra forma, ou seja, diferente do que rezam as 'convenções'? Será que ter sua história sendo reconhecida póstumamente por alguém cujo mesmo sangue corre nas veias é relevante? Tenho motivos para acreditar que sim, já que muitos dos momentos felizes que brevemente mencionei há algumas linhas devem-se principalmente ao fato de eu ter tido a oportunidade de conviver (por exemplo) com meus avós, hoje falecidos, mas por todos nós da família lembrados com ternura. Por outro lado, não consigo visualizar-me com certas responsabillidades inerentes a uma vida comum, alguns chamam isso de imaturidade, outros chamam de ânsia por liberdade. Vá-se saber...


Concordo com você, caro amigo leitor, se fiz desta postagem uma miscelânea de questionamentos aleatórios, ou desabafos aleatórios, mas quem consegue organizar os intermináveis pensamentos, principalmente quando estes resolvem aparecer todos de uma única vez? Continuo preguiçoso em meu quarto, ouvindo minhas várias músicas favoritas, algumas responsáveis por alguns me acharem antiquado, outras responsáveis por alguns acharem que sou 'mano', outras responsáveis por alguns me acharem diferente demais, exigente demais, ou chato demais... Este é o jeito Anselmo de ser: Diferente, estranho, exótico.. a começar pelo nome...

4 comentários:

  1. Estranho, exótico?
    JAMAIS!!!
    Vc é umas das melhores pessoas que a vida me apresentou...
    Um amigo inestimável, ao qual devo dizer que, me fez pensar totalmente em mim e no meu futuro.
    Agradeço a Deus por colocar vc em minha vida...
    Adoro vc!!! Doce pessoa!!! ♥♥♥

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  2. Poxa! Fico feliz em poder ser útil a uma amiga... Que bom que meus conselhos foram-lhe úteis... Obrigado pelo voto de confiança...

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